Para a Organização Mundial da Saúde, a infertilidade é definida como a incapacidade de um casal conceber após doze meses de relações sexuais regulares, sem uso de qualquer método contra- ceptivo. O percentual e as causas da incapacidade de um casal engravidar estão des- critos abaixo e representados no gráfico na próxima página.
- Problemas femininos – 30% (representados em amarelo no gráfico a se- guir); •Problemas masculinos – 30% (verde); •Problemas do casal – 30% (azul); •Sem causa aparente – 10% (vermelho).
Em termos globais, esses dados mostram que tanto mulheres como homens estão no mesmo patamar, quando falamos em estatísticas de infertilidade. Os atuais avanços científicos permitem que se viva mais e, teoricamente, me- lhor que nossos antepassados. Trocamos as doenças transmissíveis, como ru- béola, coqueluche e sarampo, pelas não transmissíveis, como as cardiovasculares, câncer e diabetes mellitus tipo 2, que nos permitem até viver mais – porém, convi- vendo com elas. Projeções alarmantes sugerem que, se as tendências atuais de estilo de vida continuarem sem controle, as gerações futuras terão vidas mais curtas e menos saudáveis do que os adultos de hoje.
Apesar de toda evolução científica, não podemos esquecer que nosso código genético não mudou muito desde os nossos ancestrais da época do homem paleolítico, e que todos os mecanismos que fizeram esse homem sobreviver para estarmos aqui hoje permanecem em nós.
o que vem me chamando a atenção, já faz algum tempo, são os vários arti- gos científicos publicados nas últimas décadas mostrando que diversos fatores que envolvem a simples rotina do nosso dia a dia, como escolher aquilo que comemos e o aumento da presença de toxinas no ambiente – as quais, inclusive, desconhecemos – estão contribuindo para a queda da fertilidade em pessoas de todas as idades.