Não há dúvida de que o mundo moderno (dieta, meio ambiente e estilo de vida) é o culpado pela dificuldade de muitos casais gerarem uma nova vida, por muitas das complicações que ocorrem durante a gestação e até mesmo pela saúde precária de muitos bebês e crianças.
As culturas tradicionais são caracterizadas por altas taxas de fertilidade e partos fáceis - quase ao ponto de parecerem sem esforço algum e isso tem relação com a atenção à esses princípios que você vai ver.
A abundância de alimentos altamente processados e pobres em nutrientes combinados com estresse crônico, maus hábitos de sono e produtos químicos desreguladores endócrinos ajudam a explicar esse distanciamento entre o que culturas tradicionais experimentaram e o que nós estamos vendo na atualidade.
Sem alimentos modernos:
As dietas de pessoas saudáveis e não industrializadas não contêm alimentos ou ingredientes refinados ou desnaturados, como açúcar refinado ou xarope de milho com alto teor de frutose; farinha branca; leite desnatado ou com baixo teor de gordura; óleos vegetais refinados ou hidrogenados ou aditivos tóxicos e corantes artificiais.
Base animal:
Todas as culturas tradicionais ao redor do mundo têm em sua base alimentação o consumo de animais. Esses animais podem ser peixes e mariscos, aves terrestres e aquáticas, mamíferos terrestres e marinhos, ovos, leite e derivados, répteis e até mesmo insetos. É importante destacar que cada cultura tem suas próprias preferências e restrições alimentares, e que a escolha dos alimentos pode ser influenciada por diversos fatores, como a disponibilidade de recursos naturais, a religião ou a tradição local. Além disso, a forma de preparo dos alimentos pode variar muito de uma cultura para outra, com diferentes técnicas e temperos utilizados para realçar o sabor e a textura dos ingredientes. Em resumo, a alimentação animal é uma parte fundamental da cultura e da história da humanidade, e continua a desempenhar um papel importante em muitas sociedades ao redor do mundo.
Consumo de vísceras:
As culturas tradicionais incluem as vísceras em sua dieta porque elas são uma fonte rica de nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e aminoácidos, que não são encontrados em grandes quantidades na carne muscular. Além disso, as vísceras são geralmente mais acessíveis e econômicas do que a carne muscular, o que faz com que sejam uma escolha popular em muitas culturas. A prática de consumir o animal inteiro, e não apenas a carne muscular, também ajuda a garantir que nada seja desperdiçado e é uma forma sustentável de alimentação. As vísceras também são frequentemente utilizadas em preparações culinárias tradicionais, como ensopados e guisados, que ressaltam o sabor e a textura dos ingredientes. Em resumo, as vísceras são uma parte importante da alimentação tradicional em muitas culturas e fornecem nutrientes essenciais de uma forma acessível e sustentável.
Consumo de gordura saturada:
A gordura saturada é um tipo de gordura encontrada em alimentos de origem animal, como carne, leite e manteiga. Ela é considerada "saturada" porque suas moléculas têm a quantidade máxima de átomos de hidrogênio ligados a elas, o que significa que ela é sólida à temperatura ambiente.
Embora a gordura saturada já tenha sido erroneamente considerada prejudicial à saúde, culturas tradicionais não temiam incluí-la em sua dieta. Isso ocorre porque essas culturas geralmente obtinham sua gordura saturada de fontes animais saudáveis, como carne, manteiga e óleo de coco.
Utilização dos ossos:
Todas as culturas tradicionais, ao longo da história, utilizaram ossos de animais em sua alimentação, seja na forma de caldos ricos em gelatina ou em outros preparos culinários. Essa prática remonta aos primórdios da humanidade, quando nossos ancestrais utilizavam todos os recursos disponíveis para garantir sua sobrevivência, incluindo o aproveitamento integral dos animais caçados. Além disso, os caldos de ossos são uma excelente fonte de nutrientes, como o cálcio, o magnésio e o colágeno, que ajudam a manter nossos ossos, músculos e articulações saudáveis.
Dieta especial para fases especiais:
As culturas tradicionais têm um forte senso de responsabilidade para com as gerações futuras e, por isso, têm o cuidado de garantir a saúde e o bem-estar de todos os membros da comunidade, incluindo aqueles que ainda estão por vir.
Sem a ajuda de cientistas ou médicos, eles sabiam instintivamente que a formação e o crescimento requerem nutrição extra e que os pais precisam se preparar com antecedência para que uma boa nutrição esteja disponível desde o momento da concepção.
Exemplos: manteiga na dieta dos Aldeões Suíços; frutos do mar, cabeças de peixe recheadas, fígado de peixe picado na dieta dos pescadores gauleses que viviam na costa da Escócia; peixes, ovas de peixe e animais marinhos, incluindo óleo de foca e gordura na dieta esquimó; animais de caça, particularmente as partes que as pessoas civilizadas tendem a evitar - carnes de órgãos, glândulas, sangue, tutano e gordura na dieta de Caçadores-coletores no Canadá, Ever Glades, Amazônia, Austrália e África; carne, sangue e leite na dieta de tribos africanas criadoras de gado, como os Maasai etc.
Essas culturas fornecem alimentos de origem animal ricos em nutrientes essenciais para futuros pais, mulheres grávidas e crianças em crescimento. A preparação do casal para a concepção costumava acontecer com ao menos 6 meses antes de iniciarem as tentativas. Inclusive, algumas dessas culturas só permitiam o casamento depois que o homem e a mulher tivessem passado meses consumindo esses alimentos nutritivos e férteis.
Culturas tradicionais acreditam que a nutrição adequada nesses estágios da vida é fundamental para garantir a saúde física e mental de toda a comunidade. Além disso, as culturas tradicionais geralmente têm um profundo conhecimento dos alimentos e seus efeitos no corpo humano, e usam esse conhecimento para criar refeições equilibradas e saborosas que promovem a saúde e o bem-estar. É esse cuidado e atenção aos detalhes que tornam as culturas tradicionais tão especiais e valiosas para o mundo de hoje.