Sobre as referências usuais
É comum que as pessoas façam exames de sangue e avaliem os resultados de acordo com os valores de referência. Esses valores são estabelecidos como uma média obtida a partir de um grande número de pessoas saudáveis. Até mesmo muitos profissionais de saúde cometem o erro de interpretar esses exames com base apenas nessas referências laboratoriais.
Hoje, sabe-se que essas referências são muito amplas e muitas vezes não retratam valores ideais para uma condição de saúde ótima. Podem ser influenciadas por uma infinidade de fatores, incluindo idade, sexo, dieta e estilo de vida do indivíduo. Portanto, elas não devem ser usadas como a única medida de saúde.
Valores ideais
Ter noção de valores ideais é extremamente importante. Saber o que é considerado "ideal" pode ajudar a identificar áreas de preocupação que podem ser abordadas por meio de dieta, suplementação, fitoterápicos ou mudanças no estilo de vida.
Por exemplo, embora um valor possa estar dentro do intervalo de referência, pode estar na extremidade alta ou baixa desse intervalo, o que pode indicar um problema em potencial.
Outros indicadores
Além disso, é importante não se limitar apenas aos valores de referência. Outros indicadores de saúde, como sintomas físicos e histórico médico, também devem ser levados em consideração. Um valor de referência "normal" não significa necessariamente que uma pessoa está saudável, assim como um valor "anormal" não significa necessariamente que uma pessoa está doente. A saúde é um quadro complexo e multifacetado, e deve ser avaliada de maneira abrangente.
Em conclusão, os valores de referência são uma ferramenta útil para avaliar a saúde de um indivíduo, mas não devem ser usados isoladamente. É crucial ter uma compreensão clara dos valores ideais e usar uma abordagem multifacetada para avaliar a saúde.
Tabelas de valores ótimos
Abaixo você pode conferir os valores ótimos dos principais exames laboratoriais.
Perfil nutricional e outros
Ácido fólico | 10-17ng/ml |
Ferritina | 50 a 150 (ideal >70) |
Saturação de transferrina | 25 a 40% |
Magnésio | 2,06 a 2,3mg/dL |
Selênio | 120-180mcg/ L |
Vitamina B12 | > 500 pg/ml |
Vitamina D | 40 a 65 ng/ml
Quando alterado indica provável deficiência de vitamina D, magnésio, B2 e boro. |
Vitamina A | 0,40 a 0,70 mg/l |
Zinco sangue | >6,5mg/dl
Quando alterado indica provável deficiência de zinco e excesso de cádmio. |
Zinco sérico | >96mcg/dL (até 115) |
Homocisteína | 5-9 mcmol/L |
Iodo urina | 294-536 mcg/g de creatinina |
Cálcio iônico | 4,55 a 5,12mg/dl ou
1,1 a 1,25 mmol/L
Quando alterado indica provável deficiência de cálcio. |
Cálcio sérico | 9,3-10,2mg/dl ou
2,28-2,52mmol/L |
Cobre sérico | M: 90 a 125mcg/dL
Quando alterado indica provável deficiência de cobre e excesso de zinco. |
Vitamina C total | >1 |
Hemoglobina glicada | Menor que 5,7%. O valor de HbA1c entre 5,7% e 6,4% no primeiro trimestre é importante fator de risco para o diagnóstico de DMG. |
Insulina | Menor que 6 ou 7.
Quando alterado indica provável resistência à insulina. |
Importância do apoio profissional
Lembrando que é muito importante trabalhar com um nutricionista na análise de exames, especialmente para os marcadores nutricionais, pois este profissional tem a capacidade de avaliar cada caso de forma individual e considerar os marcadores de forma geral.
Isso permite uma interpretação mais precisa dos resultados, levando em conta as circunstâncias únicas de cada indivíduo e proporcionando um cuidado de saúde mais personalizado e eficaz.